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Contra-Capa
As
fendas sistêmicas do capitalismo o tornam incapaz de
promover a distribuição da riqueza e o bem-viver
das pessoas e sociedades. Mas a economia solidária pode
hackear
e
crackear
essas
fendas, de modo a reorientar os fluxos de valor econômico
do sistema, para que alimentem os circuitos econômicos
solidários.
A
subversão do sistema, assim, conduz a economia ao seu
papel de assegurar os meios econômicos requeridos ao
bem-viver do conjunto das pessoas e sociedades, de maneira justa
e ecologicamente sustentável.
A
organização de sistemas solidários de
intercâmbio econômico pode acelerar rapidamente o
desenvolvimento dessa outra economia, na medida em que cria a
possibilidade de integração de modalidades diversas
de economia solidária em redes colaborativas, em fluxos
locais e globais que fortaleçam às diversas
iniciativas e promovam o desenvolvimento sustentável nos
territórios em que operam.
O
experimento econômico internacional analisado neste livro
permite supor que, sendo multiplicados os sistemas de
intercâmbios solidários pelo mundo todo, integrando
parte expressiva das pessoas que praticam atualmente essa outra
economia, ecologicamente sustentável e socialmente justa,
tenha-se o surgimento, nas próximas décadas, de uma
gigantesca constelação de iniciativas de economia
solidária, integradas em redes colaborativas locais e
internacionais – a Constelação Solidarius. E,
na medida em que isso ocorra, quanto mais essa constelação
se expandir, mais capacidade de expansão terá.
Orelha
Este
livro apresenta detalhadamente as principais fendas sistêmicas
do capitalismo contemporâneo e como explorá-las sob
a lógica da economia solidária.
Mais
do que isso, investiga as conexões existentes entre
fatores econômicos e semióticos necessárias à
reprodução do capitalismo. Esclarece como se fundam
socialmente os valores e a relação existente entre
meios econômicos, valores econômicos e os signos
instituídos socialmente para a sua representação
- que tanto viabilizam os fluxos de valor econômico pelo
sistema, quanto permitem gerar capitais virtuais que se avolumam
nos períodos anteriores aos cracks
sistêmicos,
que se dissipam durante sua ocorrência e que, por fim,
deixam um rastro de dívidas impagáveis, contratos
quebrados e ônus a serem assumidos pelos Estados.
O
livro desvenda, de modo claro e consistente, o processo de
produção e concentração de valor
econômico na etapa atual do capitalismo, que combina as
formas tradicionais de exploração do trabalho na
produção de bens tangíveis e que
institui novas formas de exploração dos
trabalhadores na economia do conhecimento, na economia dos bens
intangíveis. Propõe, igualmente, alternativas
estratégicas para a expansão sistêmica da
economia solidária como um novo modo de produção,
economicamente viável, ecologicamente sustentável e
socialmente justo.
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